As consequências do sedentarismo na infância

Crianças que passam a maior parte do tempo sentadas, com pouca ou nenhuma atividade física ao longo do dia, estão em situação de sedentarismo. Esse comportamento, cada vez mais comum, tem preocupado especialistas por seus impactos na saúde física, emocional e no desenvolvimento global da criança. O sedentarismo infantil não é apenas a ausência de esportes, mas inclui o excesso de tempo em frente às telas, como celulares, tablets e televisores, sem a devida compensação com atividades que exijam movimento.


Além da falta de movimentação, muitos desses hábitos vêm acompanhados de uma alimentação inadequada, com alto consumo de ultraprocessados e açúcares. A combinação desses fatores tem elevado os índices de obesidade infantil e antecipado problemas que, até há pouco tempo, eram mais comuns em adultos, como diabetes tipo 2 e hipertensão.


“Estimular a criança a brincar, correr, dançar ou praticar esportes é tão importante quanto ensinar matemática ou leitura. O movimento também educa”, afirma Letícia Dorighello, diretora pedagógica do Colégio Prígule, de São Paulo. Ela reforça que o sedentarismo na infância compromete não só a saúde física, mas também a autoestima e o bem-estar emocional.


Entre os sinais que merecem atenção, o ganho de peso excessivo é o mais evidente. Porém, há outros indícios: cansaço em caminhadas curtas, desinteresse por brincadeiras ativas e preferência constante por dispositivos eletrônicos. Esses comportamentos, se mantidos ao longo do tempo, podem afetar o crescimento, a disposição e até a convivência social da criança.


Prevenir o sedentarismo exige ações conjuntas entre família e escola. Uma das estratégias mais eficazes é limitar o tempo de tela, propondo em seu lugar passeios, brincadeiras ao ar livre e jogos que estimulem o corpo. Atividades simples, como andar de bicicleta ou correr no parque, já contribuem muito para reduzir o tempo de inatividade.


Outro ponto essencial é a alimentação. Incentivar o consumo de frutas, legumes, grãos e alimentos naturais ajuda a equilibrar o peso e melhora a disposição da criança para se movimentar. Comer bem e se mexer com frequência são hábitos que se complementam e que devem ser cultivados desde os primeiros anos de vida.


Os adultos têm papel fundamental nesse processo. Crianças são mais propensas a adotar hábitos saudáveis quando veem seus responsáveis fazendo o mesmo. Incluir a prática de atividades físicas na rotina da família é uma forma de ensinar pelo exemplo e, ao mesmo tempo, fortalecer vínculos afetivos.

Para saber mais sobre sedentarismo, visite https://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/obesidade-infantil.htm e https://www.pastoraldacrianca.org.br/obesidade/sedentarismo-infantil


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